Se colocarmos esta pergunta a um grupo de pessoas é de esperar três respostas possíveis: sim, não e não sei.
Quem responde sim, manifesta a sua convicção pessoal, resultante geralmente da sua experiência de vida.
Quem responde não, argumenta frequentemente que os animais não são inteligentes como o homem, que reagem por instinto e são demasiado primários para manifestarem sentimentos como o amor.
Procurar uma resposta implica em primeiro lugar definir amor. O que é o amor?
Eis que surge a primeira dificuldade. Ao contrário do que seria de esperar, o amor não tem uma definição precisa e clara.
Existem pelo menos quatro abordagens diferentes: religiosa, filosófica, psicológica e a científica (neurociência).
E dentro de cada uma destas, existe uma diversidade considerável.
No entanto, poderemos aceitar a definição de amor como a formação de um vínculo emocional com alguém ou com algo.
Para o filósofo Alemão Arthur Schopenhauer (1788 – 1860) "o amor é apenas instinto de sobrevivência da espécie”.
Assim sendo, poderemos colocar a hipótese de que este sentimento tenha surgido na evolução como uma vantagem adaptativa.
Será que o amor tem um papel na sobrevivência dos indivíduos e por isso das espécies? Porque existe? Qual é a importância deste sentimento?
Será exclusivo de alguma espécie em particular?
Existe apenas entre elementos da mesma espécie, ou poderá existir entre indivíduos de espécies diferentes? E mais uma vez, os animais amam?
Para avançarmos na procura de fatos que nos possam ajudar a encontrar a resposta, seguiremos o caminho da neurociência.
Estes neurotransmissores existem no cérebro dos mamíferos e estão relacionados com os comportamentos social, maternal e sexual.
Assim podemos afirmar que os animais e em particular os mamíferos têm o sistema e os neurotransmissores, que nos humanos fazem parte do suporte neurológico do amor, mas ter não significa necessariamente que sejam utilizados da mesma forma.
Por todas estas razões e mais uma vez, os animais amam?
Porque não procurar a resposta num animal, ele nos dirá!