Como o tratamento convencional da Esclerose Múltipla (EM) não tem demonstrado eficácia na maior parte dos casos, a comunidade científica procura outras soluções.
A EM é mais comum em regiões afastadas do equador, com fraca exposição solar e está relacionada com deficiência em Vitamina D.
Já existem estudos que demonstram que a Vitamina D pode ajudar a prevenir e a tratar a EM, mas não se sabe qual o mecanismo subjacente.
Investigadores do Johns Hopkins Medicine, publicaram a 9 de Dezembro 2013, um estudo sobre como a Vitamina D atua no tratamento da EM.
Neste estudo, foram utilizadas modelos animais (ratos) com EM aos quais foram administradas altas doses de Vitamina D.
Detetaram nos animais após a toma da Vitamina D, um aumento dos linfócitos T, no sangue, mas o mais interessante é que estas células não aumentaram no Sistema Nervoso Central (SNC).
Os animais que tomaram altas doses de Vitamina D tinham poucas células T no cérebro e espinhal medula.
Nas doenças auto imunes os linfócitos T, encarregados das defesas do organismo, tornam-se desreguladas e atacam as células normais e no caso da EM, destroem a mielina.
Neste estudo, os investigadores demonstraram que a Vitamina D produz uma substância adesiva que impede a emigração das células T dos vasos sanguíneos, para o exterior, mantendo-as em circulação e evitando assim a agressão ao SNC.
Os investigadores verificaram que ao retirarem a Vitamina D aos ratos, surgia uma reativação da EM.
Segundo os autores a Vitamina D atua nos ratos como nos humanos e a Natureza criou um mecanismo para proteger o SNC de agressões do sistema imune.
A Vitamina D parece ser mais eficaz e segura do que as drogas convencionais e poderá ser no futuro a principal proposta terapêutica para a EM.