Vamos imaginar que temos dois colegas de casa, sendo um deles muito calmo e organizado, que será o Renato e o outro desarrumado e impulsivo, que será o Abel.
O Abel tem um padrão de comportamentos que são negativos para a relação/partilha de casa com o Renato. Neste sentido existe uma necessidade de mudança!
Vamos imaginar que o Renato lhe pede para ele ser mais assíduo, arrumado, calmo, que levante menos a voz, tenha mais consideração pelos seus pedidos, etc.
O Abel diz que vai mudar, não muda, não ouve, falta aos compromissos, dorme até tarde, etc, ...
O que aqui se passa é uma coleção de hábitos que representa o comportamento do Abel.
Para mudar o seu comportamento, neste caso, o seu "instinto” para ignorar os pedidos do Renato, ele deve abordar cada hábito, de cada vez, até a mudança em si estar completa.
Os investigadores localizaram a região dos gânglios basais do cérebro como a região que controla o comportamento habitual.
Os testes mostraram que quando um novo hábito é aprendido, os neurónios disparam de forma diferente nos gânglios da base.
A atividade neural também muda quando esse mesmo hábito é desaprendido. Mas isso vai mudar facilmente de volta se o novo hábito for reaprendido.
Isto explica por que é tão difícil mudar velhos hábitos.
Você pode reverter a forma como os seus neurónios disparam quando você deixa de fumar, mas eles vão voltar a mudar imediatamente depois de fumar, outra vez.
Se leva 21, 30, 60 dias, ou um ano, o certo é que é possível mudar os hábitos, o que significa que a mudança de comportamento pode ser uma realidade, se o sujeito tiver motivação para isso!