O poliamor surgiu na década de 80, nos EUA, sendo que a sua primeira conferência internacional só foi realizada em Hamburgo, Alemanha, em 2005.
A filosofia do poliamor defende que somos mais felizes e saudáveis quando partilhamos um envolvimento amoroso de forma responsável, conscienciosa e intimista com mais do que um parceiro.
E ao contrário do que se pensa, o sexo não é o mais importante, mas sim a dimensão afetiva e a intimidade partilhada.
De acordo com a perspetiva do poliamor, neste tipo de relação é mais fácil aceitar as limitações do outro e procurar nos vários parceiros a complementaridade e união que muitas relações monogâmicas não conseguem atingir.
Poderemos dizer que se trata de uma nova forma de conjugalidade, onde ninguém é enganado.
Ou seja, todos sabem e aceitam as regras: não existe exclusividade afetiva, nem sexual, ninguém trai, nem é traído, tudo é partilhado.
Poderemos chamar de honestidade ou fidelidade partilhada?
O que difere substancialmente estas filosofias da prática do poliamor assenta na fundamentação dos sentimentos dos elementos da relação.
Quando estamos numa relação de poliamor o amor deve ser natural, conjugado e harmonioso entre os vários elementos, deve ser bem definido o que se sente.
O poliamor pressupõe uma total honestidade na relação. Todas as pessoas envolvidas estão a par da situação e se sentem confortáveis com ela.
É a possibilidade de amar mais do que uma pessoa ao mesmo tempo, aceitando a partilha da afetividade e intimidade e muitas vezes não tem que passar pela relação sexual.
Cada pessoa tem o domínio total da situação, e a liberdade para fazer escolhas a qualquer momento.
Seja numa relação com dois, três ou mais pessoas é imprescindível a fidelidade, a segurança e a estabilidade.
Há um complemento de amor, uma conjugação perfeita entre os indivíduos, sem lugar a ciúmes, obsessões, complexos e preconceitos.
Não há géneros definidos dentro das relações nem procura de novos elementos pois como em todos os outros casais têm efectivamente que haver sentimentos.
Resumindo, o poliamor não idealiza um parceiro, ou seja, não se exige que apenas este parceiro o possa completar em todas as suas necessidades.
Esta filosofia de poliamor exige honestidade, vai muito além da relação sexual e é diferente de poligamia, não existindo traição.
Para os defensores do poliamor permite-se a partilha da nossa capacidade de amar.