Nós não somos todos iguais, por isso não é possível que todos possamos ser tratados da mesma forma. Cada um de nós tem as suas particularidades e podemos ser aconselhados de acordo com isso mesmo.
Personalizar o mais possível: o que se aplica ao vizinho do lado pode não se aplicar a mim!
Existem com certeza casos em que, sem ver o paciente, o profissional de saúde seria capaz de recomendar algum medicamento ou tratamento que fosse eficaz.
Bastaria saber qual a doença/sintoma e saber qual é a recomendação que é indicada para esse caso.
Mas, se tudo fosse assim tão simples, ser profissional de saúde significaria só decorar sintomas e tratamentos … e isso não é aplicável! Ou não deveria ser.
Na maioria dos casos, é necessária uma avaliação detalhada do caso e a decisão sobre a terapêutica a instituir é bem mais complexa.
São muitos os pontos que devem ser tidos em consideração.
Tomemos como exemplo uma dor de cabeça. A causa de dores de cabeça persistentes podem ser várias:
Só uma avaliação cuidada e personalizada poderá ajudar a acabar com as dores de cabeça. Uma medicação para a dor só a vai atenuar por algumas horas, sendo que mais tarde ela vai voltar, pois a causa não foi determinada.
Assim, é preciso que o profissional de saúde aplique por exemplo os conhecimentos da Medicina Funcional e Integrativa e que decida de acordo com toda a história do paciente (e em conjunto com ele), o que fazer.
Tomar medicamento que só tratem os sintomas, só perpetua a doença. A determinação da causa do problema é um passo-chave que só uma avaliação personalizada ajuda a conseguir.
Análises convencionais e análises funcionais (mineralograma do cabelo, testes de DNA, avaliação da supra-renal, stress oxidativo, intolerâncias alimentares,…) poderão ajudar na personalização.
Pegando no mesmo exemplo das dores de cabeça, as soluções (não medicamentosas) poderiam ser diversas:
Os exemplos são infinitos, a dor de cabeça é só um deles. Sabia que lombalgias podem ser causadas por alterações intestinais?
O paciente é o centro da intervenção e deve ter um papel ativo.
Já lá vai o tempo em que o paciente simplesmente ouvia o que o médico dizia e nem ousava comentar.
O que é de salutar é que o paciente participe de forma ativa no seu processo de cura. Deve perceber o que se passa e o que é necessário fazer.
Deve estar motivado para o tratamento e ser responsável pela sua execução.
Principalmente em situações em que antes da medicação, é necessários tentar alterações de estilo de vida (deixar de fumar, fazer exercícios, relaxar, comer de forma saudável,…).
Quando nós próprios participamos de forma ativa e nos envolvemos com os profissionais de saúde – o trabalho de equipa que daqui resulta é com certeza mais bem sucedido.
Nunca saia de uma consulta sem saber bem o que se passou, o que lhe foi recomendado e porquê! A sua saúde agradece.