O aleitamento materno é a forma mais natural e económica de alimentar os bebês. Pode ser mantido em exclusivo até aos 6 meses de idade.
Para a mamã tem imensas vantagens pois facilita a normalização do peso, auxilia o útero a regressar ao seu tamanho normal mais rapidamente, a perda de sangue depois do parto acaba mais cedo, há proteção contra o cancro da mama, ovário e prevenção da osteoporose.
O planeta agradece a amamentação já que é um ato ecológico que não desperdiça recursos naturais e não produz lixo ou poluição.
Mas a certa altura, ou o leite materno já não é suficiente ou não há condições para amamentar e é necessário pensar em alternativas.
Os leites artificiais são um grupo de produtos já bastante desenvolvido e onde existe muita variedade.
Os leites para lactentes tentam ser uma cópia do leite materno e por isso se pode dar o original ao seu filho, porquê dar logo uma cópia?
Amamente o tempo que puder pois é bom para a saúde do seu bebê.
Depois disso tem de recorrer às alternativas que a indústria disponibiliza.
É importante termos consciência de que ao darmos "leite de farmácia” ao nosso bebê, estamos a dar (na maioria das vezes) leite de vaca que foi alterado.
Alguns bebês reagem desde muito cedo a estes leites e pode ser necessário recorrer a leites especiais onde a proteína está tão digerida que o corpo não a reconhece como sendo de vaca.
O leite materno tem a quantidade adequada de água, ácidos gordos, vitaminas, minerais, açúcares e proteínas.
É de fácil digestão e absorção, reforça a imunidade pelos anticorpos que passam de mãe para filho e potencia a saúde intestinal pelas bactérias que possui.
A única vitamina que deve ser suplementada é a vitamina D pois essa existe em quantidades vestigiais no leite materno.
O aleitamento materno diminui o risco de infecções e alergias (diarreia, infecções respiratórias, meningite, asma) e protege contra diversas doenças crônicas (obesidade, diabetes mellitus), além de melhorar o desenvolvimento mental do bebê, desenvolver os músculos da face diminuindo as dificuldades da fala e de promover uma ligação emocional com a mãe.
O leite de vaca possui mais proteínas e é maioritariamente caseína, o que o torna mais difícil de digerir.
Apesar de ter uma quantidade de gordura aproximada ao leite materno, a sua distribuição é muito diferente já que o leite de vaca possui mais gordura saturada e menos mono e poliinsaturada (ômega 6 e 3), essenciais ao desenvolvimento do cérebro do bebê.
O leite de vaca tem menos ferro, vitamina C e A e apresenta mais cálcio embora o do leite materno seja melhor absorvido.
O maior conteúdo de proteína, sódio, potássio e fósforo pode ser prejudicial ao rim do bebê e até potenciar desidratação. A introdução demasiado precoce deste alimento pode potenciar reações alérgicas.
Por todas estas razões, a maior parte das recomendações referem que o leite de vaca em natureza não é um alimento adequado para bebês humanos até ao primeiro ano de idade.
Aliás, a OMS e a Sociedade Portuguesa de Pediatria recomendam que até próximo dos 3 anos de idade, se possível, não se utilize leite de vaca.
Assim, dentro das opções que a indústria disponibiliza deve escolher a que se afaste mais do leite de vaca.
Pondere com o pediatra a possibilidade de uso de leites hidrolisados protéicos ricos em aminoácidos livres semelhantes aos encontrados no leite materno.
Continuam a ser encontradas substâncias químicas indesejáveis no leite de vaca e por isso, quando as crianças iniciam a toma de leite, este deve ser biológico.