Com uma grande variedade de formas, tamanhos, cores e sabores.
Os cogumelos resultam da frutificação de alguns fungos dos grupos Basidiomycota e Ascomycota.
O seu consumo pelo Homem esteve desde sempre rodeado de grande interesse e fascínio. Da Roma antiga ao Oriente.
Os cogumelos ficaram conhecidos como "alimento dos deuses” ou "elixir da vida”.
Muito pelas características organolépticas e propriedades nutricionais que lhes foram sendo reconhecidas.
Actualmente são considerados verdadeiros alimentos funcionais.
Pois representam uma fonte de compostos com importantes propriedades medicinais - hipocolesterolémicas, imunoestimulantes e antitumorais.
De extrema relevância é também o papel que estes organismos têm na degradação da matéria orgânica e na sua decomposição em formas mais simples.
Nomeadamente na digestão de moléculas como a lenhina e a celulose, elementos estruturais da maioria das células vegetais.
O reconhecimento destas características particulares dos cogumelos e a crescente preocupação com a sustentabilidade dos processos produtivos.
Vieram trazer grandes desafios para quem pretenda dedicar-se ao seu cultivo, podendo actualmente produzir um alimento funcional.
Ao mesmo tempo que reduz o impacto ambiental associado a alguns resíduos de origem vegetal.
Um dos resíduos muito abundante e passível de ser utilizado na produção de alguns cogumelos é a borra-de-café.
Estima-se que, em Portugal, sejam anualmente geradas mais de 65 mil toneladas de borra-de-café, resultantes do consumo de café expresso no canal HORECA (Hotelaria, Restauração e Cafetaria).
A borra-de-café gerada, contribui para o gigantesco volume de resíduos sólidos em aterro e para a consequente libertação de gases produtores de efeito de estufa.
É a prova de que um pequeno gesto do quotidiano, se for reproduzido em grande escala, poderá ter resultados de grande impacto!
Em termos fisico-químicos, a borra-de-café constitui um resíduo lenho-celulósico rico em azoto.
Com uma granulometria e pH favoráveis ao desenvolvimento de algumas espécies de cogumelos sapróbios, como sejam o Pleurotus ostreatus.
Resultando do processo de preparação do café expresso por extracção com água quente (~80ºC), a borra-de-café sofre uma "pasteurização”.
Que é determinante para que o substrato de cultivo fique isento de microrganismos competidores que o possam comprometer.
Este importante factor, juntamente com as suas características fisico-químicas já descritas.
Permitem que seja possível a produção de algumas variedades de cogumelos a partir da borra-de-café, sem que haja necessidade de tratamentos térmicos e suplementos adicionais.
Valendo-se destas premissas, a Gumelo desenvolveu e implementou um sistema de produção.
Que, partindo de desperdício, permite a obtenção de um alimento altamente nutritivo, rico em proteínas e isento de quaisquer aditivos e conservantes.
Um alimento naturalmente genuíno!