Ao longo das últimas décadas, a comunidade científica melhorou substancialmente a sua compreensão do ambiente global – o seu modo de funcionamento como um sistema único, auto-regulado e que pode ser influenciado pelas atividades humanas.
Esta área de pesquisa é muitas vezes referida como "a ciência do Sistema Terrestre".
A crescente compreensão do Sistema Terrestre baseia-se no conhecimento de sistemas complexos, cujo comportamento é o resultado do funcionamento do Sistema como um todo, e que não pode ser compreendido pela sua dissecação em diferentes componentes, analisando-os isoladamente para depois, de alguma forma, agregá-los.
Tal abordagem reducionista perderia, por exemplo, as novas características emergentes que só podem ser compreendidas ao considerar o sistema com um todo.
No Sistema Terrestre, os componentes mais importantes são os oceanos, a terra, a atmosfera e a criosfera: os mais importantes processos são os movimentos e a transformação de energia e materiais através dos dois grandes sistemas de circulação – a atmosfera e os oceanos.
Decididamente, a biosfera, tanto nos oceanos como na terra, tem um papel fundamental no funcionamento do Sistema Terrestre, uma vez que modula os grandes ciclos de fluxos de elementos químicos – por exemplo, carvão, nitrogénio, fósforo, enxofre, silício, etc.
O ciclo hidrológico é, claro está, uma parte fundamental do Sistema Terrestre, sendo, às vezes, designado o "sangue da vida”.
A Antroposfera – o "reino” da acção humana - é também parte do Sistema Terrestre e não constitui uma força exterior que perturbe o que, de outra forma, seria um sistema puramente natural.