Os pesticidas são químicos criados para matar, controlar ou repelir insetos, ervas, germes e diferentes animais mais pequenos e incluem os inseticidas, os herbicidas, fungicidas e os rodenticidas (ou raticidas).
A maioria dos pesticidas são usados na agricultura, mas também em muitas casas, escolas, hospitais e escritórios, sendo facilmente adquiridos em diferentes locais.
Estão presentes no ar, no pó, nos alimentos e na água que bebemos.
Esta disseminação no seu uso torna-os um problema de saúde pública, quer para os adultos mais sensíveis, mas especialmente para as crianças e grávidas.
Estudos animais e diferentes estudos epidemiológicos revelam o efeito prejudicial de alguns destes compostos no sistema nervoso central, mesmo quando absorvidos em baixas doses.
A exposição contínua a doses baixas destes compostos está a associada a demência e a patologias como a doença de Parkinson;
As evidências científicas que associam alguns pesticidas ao aparecimento de demência e doença de Alzheimer já são muitas;
As evidências relativamente à doença de Parkinson também já são diversas.
Este grupo é sem dúvida o que representa o maior risco.
Durante a gravidez, a influencia dos pesticidas no desenvolvimento in útero está associado a diminuição da inteligência, e a patologias como o síndrome de hiperatividade e défice de atenção, ou mesmo o autismo.
No caso das crianças, em especial as mais pequenas, o risco é bastante elevado, quer devido a um maior risco de exposição, quer devido a uma imaturidade nos mecanismos de desintoxicação.
A maior proximidade do chão, a forma como brincam, e o ato de levarem diferentes objetos à boca são alguns dos motivos apontados.
As crianças que vivem em ambientes rurais podem ter um maior risco, devido aos diferentes resíduos de pesticidas (no ar, no pó da casa, nos restos contidos nas roupas dos pais, etc).
A absorção destes pesticidas pode ser através da pele, por inalação ou por ingestão e a maior imaturidade da criança, nomeadamente a nível da sua capacidade de desintoxicação coloca-a num risco elevado de efeitos de saúde adversos, nomeadamente a nível imunitário, respiratório e do sistema nervoso.
A ação de químicos neurotóxicos durante a fase inicial de desenvolvimento cerebral pode levar a lesões crónicas e algumas irreversíveis a nível do sistema nervoso.