A endorfina é produzida pelo cérebro a nível da hipófise e do hipotálamo, tem efeito antálgico e é produzida naturalmente no organismo para lutar contra a dor; faz-nos sentir bem e sentir prazer. Tem, também, um efeito euforizante.
Uma forma de aumentar a sua produção é através do exercício físico.
As atividades físicas que providenciam este efeito são: a corrida, a natação, o remo, o step, a aeróbica e os vários desportos colectivos.
O pico de produção desta hormona verifica-se entre 30 a 45 minutos após a paragem da atividade.
Para atingir este efeito, o exercício deve ser executado durante 30 minutos e com um mínimo de endurance, ou seja, 60% da frequência cardíaca máxima.
Aconselha-se às pessoas deprimidas a correr pois a produção de endorfina, conjuntamente com a serotonina, tem efeito antidepressivo.
Para atingir este objectivo a intensidade do esforço deve manter-se pelo menos 20 minutos e atingir uma frequência cardíaca máxima de 70%.
Como estas práticas produzem bem-estar e euforia, por vezes criam dependência. Para melhor os resultados recorre-se ao uso de substâncias anabolizantes que vão potencializar essa dependência.
Quando não é possível passar um dia sem treinar, quando se torna obsessivo o exercício em detrimento da família, profissão, dos amigos podemos falar em compulsão.
Em alguns casos, o exercício intenso praticado ao fim do dia pode conduzir à insónia, sendo que noutras situações, a sobrecarga pode conduzir a alterações músculo-tendinosas e osteoarticulares, instalando-se, por vezes, uma fadiga generalizada.
As condições supra mencionadas obrigam à interrupção da atividade e podem criar sensação de frustração e de culpabilização podendo, por sua vez, gerar comportamentos de agressividade ou de afastamento.
Nestes casos não se impõe a abstinência, mas sim o apoio de profissionais que ajudem a estabelecer um programa de treino que permita manter a dose de felicidade respeitando o equilíbrio físico, emocional e mental.