As consociações tradicionalmente mais aplicadas são as que combinam gramíneas com leguminosas, aproveitando a fixação de azoto da leguminosa e as vantagens da gramínea (conservação do solo, tutor), em diversos sistemas de produção:
O exemplo do milho com feijão pode ser também feito em cultura arvense, de regadio ou até de sequeiro, como é prática comum em países com menos recursos, como Cabo Verde, onde praticamente toda a cultura do milho é feita com feijão.
Em regadio podem escolher-se variedades de feijão de trepar e utilizar o milho como tutor, desde que este tenha suficiente porte e quando o local não é muito ventoso.
A consorciação de hortaliças com diferentes velocidades de crescimento, para aproveitar melhor o terreno, também é comum, como é o caso de rabanetes ou alfaces junto ao feijão, ou alfaces entre couves.
Conscientização de várias culturas hortícolas – milho com feijão, tomate com cebola, feijão com alface.
A consorciação de plantas em que uma beneficia da sombra da outra é também possível, como é o caso do milho com abóbora e do milho com inhame, consorciação praticada por exemplo na ilha da Madeira.
São indicadas as possíveis consociações para diferentes espécies cultivadas.
Algumas consociações favoráveis (S) podem deixar de o ser em presença duma praga ou doença que ataque ambas.
Por exemplo, a consociação milho+batata, considerada por alguns autores como favorável, já não o é quando no solo há alfinete (Agriotes spp.), praga que ataca ambas as culturas.
Como em Portugal esta praga é frequente e de difícil combate, consideramos esta consorciação desfavorável.
Finalmente, chamamos a atenção para que, para além da proteção fitossanitária, a consorciação também contribui para a proteção da saúde das pessoas, pela maior diversidade alimentar, nomeadamente pela diversidade de cores dos alimentos consumidos.
Consorciar diferentes variedades com diferentes cores, para uma alimentação mais rica em antioxidantes e mais funcional.