A vivência entre dois adultos de uma relação afetiva é muitas vezes pautada pelo ciúme resultante do medo da perda ou mesmo da necessidade de dominar o outro .
Nas diferentes definições de ciúme são relevantes três aspectos:
Sentimento e /ou emoção o ciúme terá um valor, positivo ou negativo, dependendo do contexto em que ocorre e da sua intensidade .
A sua intensidade e as suas componentes podem ser diversificadas. Contudo, o ciúme resulta da interação entre um acontecimento (gerador de ciúme) e uma determinada predisposição para o mesmo.
Havendo essa predisposição, muitas vezes observam- se relações simbióticas (egoístas) com a "pessoa amada”, tornando- se insuportável a ideia de perder a posse do outro. Assim a vida não faz sentido, diz, quem sente ciúme.
No ciúme assistimos a um conflito entre o racional e o emocional, entre o saber e o sentir , entre o dizer e o fazer.
É importante saber, que o ciúme, sendo uma emoção, tem a possibilidade de interferir positiva ou negativamente na nossas escolhas e que pode aumentar a eficácia das nossas tomadas de decisão.
Por ser emoção é também comunicação. Através dele avaliamos as situações e temos acesso às nossas intenções e às dos outros.
A emoção determina o que pretendemos atingir. As aprendizagens e a cognição selecionam as estratégias para que o mesmo seja, ou não, satisfeito. Somos portanto seres responsáveis.
Neste sentido, entendemos a necessidade do conhecimento de si e do outro e a procura de uma boa comunicação para o estabelecimento de uma relação saudável.
Estar atento ao outro como indivíduo separado do eu, que não queremos dominar ou usar, reflete uma relação madura. Sentir- se individualmente realizado permite uma entrega ao outro mais saudável e atenta.
Se o ciúme existe, que cause o menor sofrimento possível e que não seja um obstáculo à felicidade numa relação.
Se o ciúme nasce com o amor , permita que se desvaneça também com ele.