As culturas agrícolas geneticamente modificados (OGM) e os respetivos produtos alimentares, têm sido apresentadas pelas empresas que as criaram como uma solução para melhorar a agricultura (menos pesticidas).
Aumentar a produção alimentar do Mundo (maior produtividade) e ajudar a resolver o problema da fome (mais alimentos nos países mais pobres).
A Monsanto tem sido a principal multinacional produtora de plantas OGM e tem ganho muito dinheiro com a sua venda, assim como com o grande aumento do seu herbicida.
O glifosato da Monsanto, o Roundup, já tinha perdido a patente, pois já tinham passados mais de 20 anos desde o início da sua comercialização.
Mas como ao utilizar a semente GMO o agricultor é obrigado contratualmente a utilizar o Roundup e não outra marca do mesmo herbicida, as vendas mundiais aumentaram substancialmente, assim como os lucros da empresa.
Entretanto a Syngenta lançou no mercado americano uma variedade de milho OGM não autorizada para consumo na China, o que levou ao cancelamento da exportação de milho contaminado com essa variedade.
O preço do milho baixou, os prejuízos dos produtores americanos são grandes e levaram a vários processos judiciais contra a Syngenta.
O feitiço virou-se contra o feiticeiro e a Monsanto também perde, o que se reflete em Bolsa.
Mas como os feiticeiros são ainda muito poderosos, estão a negociar o tratado transatlântico (TTIP) com a Comissão europeia, praticamente em segredo, para que as normas europeias se aproximem das americanas, ou seja, no caso dos OGM.
Para que tudo o que está aprovado nos Estados Unidos entre à vontade na Europa, e de preferência sem rotulagem, como acontece por lá.
Isto mesmo sabendo que um determinado milho OGM já provocou tumores e outras doenças em vários órgãos (fígado, rins, etc.).
Em ratos de laboratório e que o herbicida aplicado em grande escala está a provocar doenças e mortes em pessoas nas regiões de maior cultivo de OGM resistente ao glifosato.
Voltemos a produzir milho não para alimentar apenas porcos e frangos mas sim prioritariamente para alimentar pessoas.
Desde a tradicional broa de milho (ou com mistura de milho e trigo como a minha mãe tão bem sabia fazer), até aos bolos de milho-doce que dispensam juntar o açúcar (o milho-doce já tem açúcar suficiente).
Muitas opções há para comer milho e outros alimentos não OGM duma forma direta e muito mais eficiente.
Nas nossas hortas o milho também pode ser cultivado, em especial as variedades de milho-doce ( que se prestam a ótimas sobremesas), e as variedades de milho tradicional.