Com a exposição ao sol, a pele produz uma substância química, denominada calciferol, habitualmente conhecida como vitamina D.
O calciferol é praticamente inexistente nos alimentos.
A única forma de o nosso organismo assegurar o nível adequado de calciferol é produzi-lo expondo a pele ao sol.
O calciferol foi descoberto na década de 30 e ficou conhecido pela sua ação na calcificação dos ossos. A falta de exposição ao sol foi relacionada, nessa época, com a deficiente calcificação dos ossos, o raquitismo infantil.
Para o seu tratamento era recomendada a exposição das crianças ao sol.
A investigação científica dos últimos anos, em que o Dr Michel Holick tem desempenhado um importante papel, veio revelar que o calciferol está envolvido em mais de duzentas funções em cada uma das nossas células.
Pela sua muito ampla ação no organismo e porque o não o adquirimos através dos alimentos mas dependemos da sua produção endógena, os investigadores propõem uma reclassificação do calciferol: não deve ser entendido como uma vitamina mas sim como uma hormona.
Embora cientes deste facto vamos, neste artigo, continuar utilizar a expressão mais comum pela qual é conhecido o calciferol, vitamina D.
A pesquisa científica, da qual Dr Michael Holick é pioneiro, veio evidenciar que a vitamina D desempenha um papel fundamental no equilíbrio e regulação das funções do sistema imunitário, na manutenção da capacidade funcional do sistema músculo-esquelético e na prevenção de um grande número de doenças e disfunções.
A deficiência em vitamina D está associada ao aumento do número e da gravidade de doenças autoimunes, com relevância para a esclerose múltipla, cardiovasculares, neurológicas, psíquicas e cognitivas, vários tipos de cancro, nomeadamente da mama, próstata e cólon, de fadiga crónica e de fibromialgia.
Após três décadas de repetida pedagogia e promoção do medo dos efeitos do sol na pele, a ciência está agora a revelar e afirmar que a falta de exposição solar que caracteriza a vida urbana moderna está a ser responsável, afinal, por uma verdadeira pandemia civilizacional.
Como pode ser classificada a atual deficiência em vitamina D da espécie humana.
Todos os animais terrestres produzem vitamina D e, também eles, evidenciam sinais clínicos de deficiência quando, vivendo em cativeiro, não podem usufruir da exposição direta ao sol.
Mas as suas perguntas neste momento podem ser:
A pele deve ser exposta ao sol ao início ou ao fim do dia quando a sombra da pessoa, que o sol desenha no chão, é de tamanho maior ou igual à altura da pessoa.
A inclinação dos raios solares durante este período é rica no tipo de radiação capaz de ativar na pele a produção de vitamina D – raios UV (Ultra Violeta) de tipo B.
Fazendo a análise sanguinea denominada 25(OH)D3. O ideal é ter o valor desta analise entre 40 e 60.
Tomando diariamente vitamina D.
As doses adequadas devem ser ajustadas de forma personalizada, já que há vários fatores a ter em conta.
Mas para um adulto valores entre 2.000 e 4.000 Unidades Internacionais são seguros embora possam não ser suficientes.